Café da Manhã podcast cover art

Café da Manhã

BySpotify Studios
1659 episodes

Podcast Summary

Levante da cama com notícias e análises quentinhas no Café da Manhã, o podcast mais importante do seu dia. Em uma parceria entre Folha de S.Paulo e Spotify, os jornalistas Magê Flores, Gabriela Mayer e Gustavo Simon trazem nas manhãs de segunda a sexta, de forma leve e simples, o fundamental sobre os assuntos do momento no Brasil e no mundo.

#1

Trama golpista: o que disseram as testemunhas

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), marcou para a próxima semana os interrogatórios do primeiro núcleo da trama golpista de 2022. A partir do dia 9, os oito réus serão ouvidos no plenário da Primeira Turma —incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar uma organização criminosa que teria atuado para mantê-lo ilegalmente no poder. A definição da agenda foi feita pelo relator ao final da audiência desta segunda-feira (2), quando o senador Rogério Marinho (PL-RN) foi ouvido como a última das 52 testemunhas arroladas pelas defesas e pela PGR (Procuradoria-Geral da República). As audiências desta etapa, conduzidas por Moraes, haviam começado em 19 de maio. As defesas dos acusados buscaram mostrar que não houve tentativa de dificultar a transição de poder. As falas dos ex-comandantes do Exército, Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Junior, foram consideradas importantes para a Procuradoria: ambos confirmaram que Bolsonaro discutiu uma minuta para tentar impedir a posse de Lula. O Café da Manhã desta terça-feira (3) conta em que estágio está o processo da trama golpista no STF, depois dos depoimentos das testemunhas de acusação e de defesa. A repórter da Folha em Brasília Ana Pompeu, que acompanhou as audiências, explica o que elas trouxeram de novo, trata da postura da PGR e do STF nesta etapa do processo e discute os próximos passos da ação. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-06-0330mins
#2

Depois do sonho americano, há um sonho chinês?

O conceito do sonho americano há décadas permeia o imaginário em muitos países —além dos Estados Unidos— graças a filmes, músicas e à influência de Washington. A política local também se aproveita disso: Donald Trump citou o “American dream” na campanha de 2024 e fez dele um ponto central do movimento MAGA (torne os EUA grandes de novo). Até aqui, porém, a gestão Trump vem sendo marcada por incerteza econômica e ofensivas diplomáticas. Contra a China, além do tarifaço —hoje em negociação estagnada—, começaram a ser impostas restrições a vistos de estudantes, o que foi criticado por Pequim. No contexto de fraturas no sonho americano, de brigas em série compradas pela Casa Branca com outras potências e de um redesenho do papel dos EUA no cenário e no imaginário globais, que espaço teriam outros sonhos “nativos”? O Café da Manhã desta segunda-feira (2) trata dessas questões com foco em Pequim. Onde os sonhos entram no chamado soft power? Como a China lida com isso? E o que seria o “sonho chinês” que faz parte do projeto do Partido Comunista e do líder Xi Jinping? O podcast entrevista Demétrio Toledo, professor de relações internacionais e economia política mundial da Universidade Federal do ABC, que morou na China e estuda o país asiático. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-06-0226mins
#3

Dois Mundos: Nascimento e morte

Em fevereiro de 2024, um casal de indígenas de recente contato deixou o mundo deles, na floresta, para buscar ajuda médica em Manaus, a maior cidade da Amazônia. Tadeo Kulina e Ccorima Kulina, da etnia madiha kulina, cruzaram mais de mil quilômetros para que ela tivesse um atendimento de emergência no parto. Tadeo desapareceu da maternidade pública, numa cidade com 2 milhões de pessoas. O corpo dele foi encontrado oito dias depois no IML de Manaus, sem identificação, com várias marcas de agressão. O caso caiu no esquecimento, sem que houvesse respostas para o que de fato aconteceu. O repórter Vinicius Sassine, correspondente da Folha na Amazônia, decidiu investigar a história a fundo. Ele buscou respostas em Manaus e na região do médio rio Juruá. E descobriu detalhes dessa conexão (ou desconexão) entre mundos distintos, falhas na investigação policial e rumos inesperados sobre o destino de Tadeo, além de constatar o desamparo e o preconceito vivenciados pelos madihas quando precisam das cidades. O podcast Dois Mundos tem quatro episódios, publicados aos sábados no feed do Café da Manhã. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-3134mins
#4

O que a saída de Musk diz sobre o momento de Trump

O bilionário Elon Musk deixou o governo de Donald Trump na última quarta-feira (28). A saída dele do cargo de conselheiro especial e líder do Departamento de Eficiência Governamental, se deu dois dias antes do fim do seu mandato, que terminaria nesta sexta-feira (30). Ele agradeceu ao presidente “pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários”. Musk conduziu iniciativas que se propunham a cortar gastos e virou alvo de críticas ao promover demissões em massa de servidores públicos e encerrar o trabalho de agências governamentais. A saída do bilionário vem em mais um momento conturbado do governo americano, com disputas judiciais sobre o tarifaço, uma restrição do visto a autoridades estrangeiras que sejam “cúmplices da censura” contra cidadãos americanos e mudanças na entrada de estudantes nos Estados Unidos. O Café de hoje fala da retirada de Musk do governo e do momento político da gestão Trump. A repórter da Folha Patrícia Campos Mello conta o que marcou o tempo em que o bilionário trabalhou com a Casa Branca, discute as decisões mais recentes do governo e analisa os possíveis desgastes no mandato do republicano. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-3035mins
#5

Conheça a série Dois Mundos

Um indígena de recente contato acompanha a mulher grávida até Manaus, uma cidade com 2 milhões de moradores, após cruzarem uma imensidão de floresta. Tadeo Kulina desapareceu da maternidade e foi encontrado morto no IML da cidade, com marcas de agressão em diferentes partes do corpo. Diante da falta de respostas sobre o que aconteceu, e do descaso com os madihas kulinas, o repórter Vinicius Sassine refez caminhos e investigou o caso a fundo. Descobriu falhas na investigação policial e se deparou com o desamparo e o preconceito vivenciados pelos indígenas. “Dois Mundos”, uma série da Folha publicada pelo Café da Manhã, tem quatro episódios. O primeiro vai ao ar neste sábado (31), aqui no feed do Café. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-292mins
#6

Marina Silva, a violência de gênero e o debate ambiental

As ministras Márcia Lopes (Mulheres) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) transformaram a cerimônia de posse da primeira, nesta quarta-feira (28), em um ato de desagravo à colega Marina Silva. Um dia antes, a titular do Meio Ambiente e Mudança Climática foi alvo de ataques em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse no encontro que separava a figura de Marina como mulher e como ministra, porque a segunda não merecia respeito —em março, o parlamentar já havia falado que teve vontade de enforcá-la. O presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), afirmou que a ministra deveria se pôr no lugar dela. Marina exigiu que Valério se desculpasse; como ele se recusou, ela deixou a audiência. Depois, reagiu e disse ter se sentido agredida por fazer o trabalho dela. A violência política de gênero foi definida como crime em uma lei de 2021. A Secretaria da Mulher da Câmara encontrou 63 denúncias sobre o tema desde 2013 —35 delas geraram notas de repúdio—, número considerado bem abaixo das ocorrências pelo país. O Café da Manhã desta quinta-feira (29) discute os ataques contra a ministra Marina Silva com a presidente do Instituto E se Fosse Você, a ex-deputada Manuela D’Ávila. Também analisa o momento da pauta ambiental no Brasil com o repórter da Folha em Brasília João Gabriel. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2936mins
#7

A fome em Gaza e a escassez como arma no mundo

A volta da ajuda humanitária à Faixa de Gaza tem sido marcada pela insuficiência nos suprimentos que Israel permite entrar no território, por caos na distribuição de comida para uma população inteiramente sob risco alimentar e por controvérsias que cercam a entidade agora responsável pela ação —sem mencionar os ataques que Tel Aviv continua a fazer. O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, disse ter autorizado a volta dos caminhões de auxílio para amenizar a pressão diplomática crescente, inclusive de aliados históricos. Membros da coalizão do político defendem o bloqueio completo de ajuda em Gaza. A escassez que marca tanto o território quanto o estágio atual do conflito no Oriente Médio lembra o que foi —e ainda é— visto em outros conflitos pelo mundo, em um contexto em que programas de ajuda humanitária têm sido enxugados e extintos. O Café da Manhã desta quarta-feira (28) discute como a fome tem sido usada como arma em guerras no mundo. A professora de relações internacionais da ESPM Natalia Fingermann explica fatores que contribuem para que pessoas não tenham acesso a comida e analisa o papel de agências e ações internacionais no combate à insegurança alimentar. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2833mins
#8

IOF: o plano do governo, o recuo e a reação

O recuo do governo Lula em parte das mudanças anunciadas no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não bastou para arrefecer o debate em torno do tema. Nesta segunda-feira (26), o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), criticou a gestão petista dizendo que “o Brasil não precisa de mais imposto”. Ao mesmo tempo, congressistas da oposição apresentaram projetos para barrar todo o decreto de Lula e associações empresariais divulgaram um manifesto cobrando um ambiente de negócios melhor no país e se posicionando contra aumentos na carga tributária. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) disse que o governo não vê problema em corrigir a rota, desde que o planejamento inicial seja mantido. Ele afirmou que medidas para compensar a perda de arrecadação decorrente do recuo estão sendo estudadas e que o equilíbrio orçamentário é desafio de todos os entes. O Café da Manhã desta terça-feira (27) explica o que o governo quis com as mudanças no IOF, discute o que significam os recuos nessas medidas e analisa os impactos políticos e econômicos que o caso pode ter para Lula. O podcast entrevista Adriana Fernandes, repórter e colunista da Folha em Brasília. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2732mins

Listen to your favourite podcasts.

Now ad-free.

Download herd and enjoy uninterrupted, high-quality podcasts without the wait.

Download on the
App Store
#9

O melhor da literatura brasileira deste século

“Um defeito de cor", de Ana Maria Gonçalves, “Torto Arado", de Itamar Vieira Junior, e “O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, foram as obras literárias mais votadas na lista divulgada neste domingo (25) pela Folha, com os 25 melhores livros brasileiros de literatura do século 21. A seleção foi feita por cem jurados convidados –entre eles, estão críticos literários, donos de livrarias, jornalistas, curadores de festivais, escritores e acadêmicos. Cada um deveria indicar até 10 livros escritos por autores e autoras brasileiros, publicados em editoras também brasileiras a partir de 1º de janeiro de 2001. As listas foram recolhidas entre setembro e dezembro de 2024. O Café da Manhã desta segunda-feira (26) discute a lista de melhores livros da literatura brasileira do século 21. O jornalista Walter Porto, editor de livros da Folha e colunista do Painel das Letras, conta como esses livros foram escolhidos e o que eles dizem sobre a produção literária contemporânea no Brasil. Clique aqui para ver a lista dos melhores livros. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2638mins
#10

A eleição e os rolos na CBF

A eleição marcada para este domingo (25) na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve, sem surpresas, confirmar Samir Xaud no cargo de presidente. O dirigente de Roraima angariou apoio de 25 das 27 federações estaduais, além de 10 clubes (de um total de 40); na prática, isso inviabilizou o lançamento de candidaturas rivais. Xaud, 41, é médico e era, até semana passada, presidente eleito da Federação Roraimense —o mandato começaria em 2027, em sucessão ao pai, Zeca. Samir responde a um processo por improbidade de quando foi diretor do Hospital-Geral de Roraima e chegou a ter os bens bloqueados por dívidas trabalhistas de uma loja da qual foi sócio; ele diz que a primeira ação foi arquivada e que desconhece qualquer processo trabalhista. O virtual futuro presidente promete dar transparência à CBF em um momento turbulento. A eleição de domingo, véspera da apresentação do novo técnico da seleção masculina, Carlo Ancelotti, foi convocada depois de um novo afastamento de Ednaldo Rodrigues. O agora ex-presidente, envolvido em suspeitas reveladas também pela revista piauí, nega irregularidades e se diz vítima de perseguição, por ser negro e nordestino. O Café da Manhã desta sexta-feira (23) fala da eleição para a presidência da CBF e das disputas envolvendo a entidade. O jornalista Allan de Abreu, repórter da revista piauí, conta como está a confederação e discute os problemas de gestão recentes. E o colunista da Folha Juca Kfouri trata dos problemas recorrentes nas entidades do futebol e analisa como os rolos da CBF aparecem em campo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2342mins
#11

Por que países têm endurecido regras de cidadania

A Itália aprovou, na terça-feira (20), um projeto que restringe a transmissão e o reconhecimento da cidadania a nascidos fora do país. O texto, apresentado em março pela coalizão de Giorgia Meloni, deve impactar milhões de brasileiros —a estimativa é que o país tenha 30 milhões de descendentes de italianos. Outros países têm olhado para regras de cidadania. Em Portugal, o governo prometeu editar um projeto que amplia o tempo mínimo de moradia exigido para imigrantes que querem ter direito à nacionalidade. No Reino Unido, o premiê Keir Starmer anunciou restrições na concessão de vistos e recrutamento de profissionais no exterior. Fora da Europa, Javier Milei anunciou um pacote que dificulta requisitos de cidadania na Argentina e Donald Trump tem o combate à imigração como foco. Desde o último dia 15, a Suprema Corte analisa se a cidadania por direito de nascimento no país deve ser restrita, como Trump definiu em um decreto contestado por decisões judiciais. O Café da Manhã desta quinta-feira (22) discute o que une as mudanças recentes em leis de cidadania e imigração pelo mundo. O advogado especialista em migrações e direitos humanos Victor Del Vecchio, mestre em direito internacional pela USP explica em que contexto essas alterações acontecem, analisa o que está por trás desse debate em diferentes países e trata do que pode mudar para brasileiros. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2231mins
#12

Divórcio, herança e polêmicas na reforma do Código Civil

Depois da finalização da primeira versão do texto, o Senado discute a composição da comissão especial que vai analisar o projeto de reforma do Código Civil. A iniciativa é encampada por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente da Casa. Pacheco argumenta que o texto é uma atualização que supre lacunas da lei e a moderniza em questões como novas tecnologias, redes sociais e inteligência artificial. O projeto mexe em mais de 1.100 artigos, metade do Código Civil —conjunto de leis que regula as relações cotidianas e os negócios no país: casamento, herança, contratos, responsabilidade civil etc. As mudanças incluem pontos como o reconhecimento da união homoafetiva e a obrigatoriedade de identificação clara do uso de IA. Críticos do texto dizem que o Código Civil atual, de 2002, não precisava de uma reforma ampla nesse momento e que imprecisões e contradições acabariam aumentando a insegurança jurídica no país. O Café da Manhã desta quarta-feira (21) trata da proposta de reforma do Código Civil, discute o que está por trás do debate no Senado e analisa o que pode mudar. Os convidados são os advogados Judith Martins-Costa, presidente do Instituto de Estudos Culturalistas, e Cristiano Zanetti, professor de direito da USP. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2138mins
#13

O que trava o cessar-fogo na Ucrânia

Depois de um telefonema de mais de duas horas com Vladimir Putin nesta segunda-feira (19), restou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que conversas entre Rússia e Ucrânia “começariam imediatamente”. A declaração ignora que diálogos foram retomados na Turquia na semana passada e difere do relato do líder russo. Segundo Putin, ele disse que aceita negociar um memorando com pontos que considera essenciais —ou seja, os termos dele—, para só então discutir um eventual cessar-fogo. O ucraniano Volodimir Zelenski e líderes europeus deram sinais positivos em relação aos movimentos mais recentes, mas o clima geral é de exasperação. O próprio Trump, que já se aproximou e se afastou de Moscou e de Kiev desde que voltou ao cargo, tem indicado frustração com a falta de saída para a guerra. O vice-presidente americano, JD Vance, voltou a falar nesta segunda que a situação chegou a um impasse e que os EUA podem se retirar do processo de mediação. O Café da Manhã desta terça-feira (20) discute o que trava o diálogo por um cessar-fogo na Ucrânia. O professor de relações internacionais da FGV Oliver Stuenkel, pesquisador no Carnegie Endowment em Washington, trata das demandas de Moscou e de Kiev, analisa o papel dos Estados Unidos e fala do que esperar do conflito que já dura mais de três anos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-2031mins
#14

Gripe aviária no Brasil: alertas e reações

O Rio Grande do Sul intensificou as ações para tentar conter o que é considerado o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial do país —a confirmação do caso foi feita na sexta-feira (16), na cidade de Montenegro. O estado instalou barreiras sanitárias em estradas, vistoriou quase cem propriedades e rastreou a produção da propriedade afetada. As medidas —que incluíram a morte das 17 mil galinhas poedeiras da granja e a destruição de milhões de ovos no RS e em Minas Gerais— se somam às do governo federal. O Ministério da Agricultura decretou emergência zoossanitária por 60 dias na região gaúcha. No fim de semana, Chile, Uruguai e México anunciaram a suspensão da compra de frango brasileiro —China, União Europeia e Argentina tinham feito o mesmo na sexta, também por regras previstas em acordos comerciais. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, disse neste domingo (18) que a crise é limitada e que o Brasil é exemplo sanitário. O país é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango. O Café da Manhã desta segunda-feira (19) trata do primeiro caso de gripe aviária em uma produção comercial no Brasil. O colunista da Folha Mauro Zafalon explica se o foco da doença no RS pode ser considerado uma ameaça e discute os riscos para a produção brasileira daqui para a frente. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1929mins
#15

O que a classe política fará por Zambelli?

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou por unanimidade, na quarta-feira (14), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão, além da perda do mandato, por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica. A PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que Zambelli comandou a invasão e agiu com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi declarado culpado. Em uma entrevista, Zambelli falou que foi condenada sem provas e que seus médicos dizem que ela não sobreviveria na cadeia, porque tem doenças como depressão. A decisão contra a parlamentar ocorre num momento de atritos entre o Supremo e a Câmara, que tentou suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) por participar da trama golpista do 8 de janeiro —uma medida que foi derrubada pela Primeira Turma e que, agora, pode ir a plenário. O PL também já pediu que a ação contra Zambelli seja suspensa. No episódio desta sexta-feira (16), o Café da Manhã discute o impacto da condenação da parlamentar. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza explica a repercussão que o caso pode ter nas tensões entre Câmara e Supremo e no bolsonarismo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1634mins
#16

A influência da multidão nas penas do 8/1

Lideranças do Congresso e ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) costuram um acordo para tentar reduzir as pressões do bolsonarismo por uma anistia ampla aos envolvidos na trama golpista —que se estenderia aos acusados de comandá-la, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por uma minuta que circula hoje, o projeto prevê alterar a Lei de Defesa do Estado Democrático de Direito, com penas mais baixas para quem esteve nos ataques de 8 de Janeiro, mas não teve papel de planejamento ou financiamento. A principal mudança criaria um tipo penal para punir atos influenciados por multidões. O acordo teria recebido sinais positivos de integrantes do governo Lula e desagradado os bolsonaristas. Parlamentares esperam destravar o tema ainda neste mês. Como a Folha mostrou, a eventual aprovação de um texto que preveja o mecanismo de influência por multidões pode levar a um intrincado debate no STF. O Café da Manhã desta quinta-feira (15) analisa a proposta de acordo que reduziria as penas de pessoas já condenadas nos ataques de 8 de Janeiro. A repórter da Folha Renata Galf fala de como o mecanismo de influência de multidão ganhou relevância nessa discussão, explica por que ele também pode disparar um debate jurídico e posiciona os acusados de liderar a trama golpista nesse cenário. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1530mins
#17

Virgínia na CPI e a relação entre bets e influencers

O depoimento de Virgínia Fonseca à CPI das Bets no Senado, nesta terça-feira (13), foi marcado pela tietagem de congressistas e assessores à influenciadora digital. Virgínia foi convocada como testemunha à comissão parlamentar de inquérito e, mesmo munida de um habeas corpus que a permitia ficar em silêncio, respondeu à maioria das perguntas. Ela negou que lucre com o prejuízo de seguidores, afirmou que se recusa a divulgar bets irregulares e que não faz "nada fora da lei". A relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), disse que Virgínia começou a divulgar apostas quando o tema não estava regulamentado e que a população pede socorro ante os riscos de vício e endividamento. "Acho que eles pedem socorro para a senhora, porque a senhora tem o poder de fazer alguma coisa. Eu não tenho o poder de fazer nada", disse a influencer. A espetacularização desta terça voltou a jogar luz sobre a CPI ao mesmo tempo que nublou os motivos de criação dela: a influência das bets no orçamento das famílias e possíveis associações de figuras desse mercado com organizações criminosas. O Café da Manhã desta quarta-feira (14) trata da relação das apostas online com influenciadores e do que pode sair da CPI no Senado. O entrevistado é o repórter da revista Piauí João Batista Jr; ele é coautor da reportagem “Bonde do Tigrinho”, que conta como influenciadores ganharam fortunas com as bets e formaram uma máquina de propaganda poderosa. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1434mins
#18

Até onde vai a trégua na guerra tarifária EUA x China

Bolsas subiram pelo mundo, o dólar fechou em alta e se valorizou globalmente nesta segunda-feira (12), em reação ao acordo comercial entre Estados Unidos e China. Os dois países anunciaram que, por 90 dias, Washington reduzirá de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses e Pequim diminuirá de 125% para 10% as taxas sobre importações americanas. O anúncio da trégua foi visto como uma forma de diminuir as incertezas trazidas pelo tarifaço trumpista ao mercado financeiro, ao comércio global e à economia —inclusive a americana. Empresários do país que apoiaram a eleição de Donald Trump vêm dando sinais de insatisfação, diante do risco de inflação e recessão. Desde que assumiu, em janeiro, Trump impôs consecutivos aumentos de tarifa, em especial contra a China. A guerra escalou com retaliações dos dois lados. A disputa travou quase US$ 600 bilhões no comércio entre os dois países, com interrupção em cadeias de suprimentos e demissões em alguns setores. O Café da Manhã desta terça-feira (13) trata da trégua na guerra tarifária entre Estados Unidos e China. A economista Lia Valls Pereira, chefe do Departamento de Análise Econômica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisadora associada do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, discute o alcance do acordo entre os dois países e analisa os rumos da estratégia de Donald Trump. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1331mins
#19

Está mais difícil fazer amigos?

Pesquisas ao redor do mundo têm olhado para a forma como fazemos amigos e para os obstáculos para construir novas amizades. Na Austrália, um levantamento feito com adultos mostrou que a falta de confiança era o principal obstáculo nas relações. Pesquisadores apontam para um crescimento da epidemia de solidão no mundo. A pandemia também contribuiu para isso. Estudos mostram que o distanciamento e as mudanças sociais trazidas pela Covid não mudaram exatamente a forma de fazer amigos, mas mudaram a frequência com que as novas amizades nascem e a forma como as pessoas interagem e se relacionam. O Café da Manhã desta segunda-feira (12) fala sobre a amizade, com o escritor e filósofo Renato Noguera, professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), referências em estudos sobre afetos. Ele discute se está mesmo mais difícil fazer novos amigos e como é possível manter os antigos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-1233mins
#20

Leão 14, o papa americano que escolheu ser latino

O cardeal americano Robert Francis Prevost, 69, foi eleito nesta quinta-feira (8) o novo papa e escolheu o nome Leão 14. A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 13h08, no horário de Brasília; pouco mais de uma hora depois, veio o anúncio do nome dele. O primeiro papa americano viveu duas décadas no Peru, onde se tornou bispo e cidadão naturalizado. Prevost nasceu em 14 de setembro de 1955, em Chicago, onde ingressou na Ordem de Santo Agostinho. O novo papa é formado em matemática, tem mestrado em teologia e doutorado em Direito Canônico. Ele foi nomeado cardeal por Francisco, em 2023. Leão 14 era visto como um cardeal reformista, ainda que de perfil moderado, e muito ligado a temas sociais. A escolha dele desfez a expectativa de que o Vaticano voltasse a ser comandado por um europeu, depois do primeiro pontífice latino-americano na história. A mancha no currículo dele está em um tema sensível para a Igreja Católica. No Peru, ele teria acobertado denúncias de abuso sexual, e nos Estados Unidos teria permitido que um padre acusado de abusar sexualmente de crianças morasse em um priorado perto de uma escola, sem notificar a unidade de ensino. O Café da Manhã desta sexta-feira (9) conta quem é o novo papa e discute o que Leão 14 pode representar para o futuro da Igreja. O professor de antropologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Rodrigo Toniol explica os símbolos e as mensagens do conclave e do escolhido pelos cardeais. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0927mins
#21

A demanda por Mounjaro: do contrabando à pré-venda

O Mounjaro (tirzepatida), medicamento para tratar diabetes tipo 2 aprovado em 2023 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), está prestes a começar a ser vendido em farmácias e drogarias do Brasil. A fabricante, a farmacêutica Eli Lilly, havia anunciado o início das vendas em 7 de junho, mas adiantou os planos para a primeira quinzena de maio. A procura levou drogarias a oferecerem o remédio em pré-venda, com doses vendidas antes mesmo de elas chegarem às prateleiras. O Mounjaro é concorrente de remédios como Ozempic e Wegovy, que já estavam disponíveis no Brasil. Análogos ao hormônio GLP-1, que sinaliza a saciedade e ajuda no controle da glicemia, eles se popularizaram pelo emagrecimento rápido consequente do uso. O aumento do uso indiscriminado fez com que a Anvisa determinasse a retenção de uma via da receita médica na farmácia, como acontece na venda de antibióticos, por exemplo. A aplicação off-label dos remédios, para fins que não estão na bula, não é proibido, mas médicos veem com preocupação a falta de controle e alertam para possíveis efeitos na saúde. O Café da Manhã desta quinta-feira (8) fala do cenário brasileiro de uso das canetas emagrecedoras fora da bula. A repórter da Folha Claudia Collucci explica o que se sabe hoje sobre esses medicamentos, trata das consequências do acesso indiscriminado e discute que mudanças estão em curso nesse mercado. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0828mins
#22

Conclave: os ritos e os favoritos

Começa nesta quarta-feira (7), 16 dias após a morte de Francisco, o conclave que escolherá o novo papa. Têm direito a voto apenas os cardeais com menos de 80 anos, que se reúnem na Capela Sistina. A eleição, secreta e espontânea (sem candidatos predeterminados), é feita em folhas de papel depositadas em urna. O escolhido é aquele que obtiver dois terços dos votos. Nos últimos dez conclaves, o tempo médio até o 'habemus papam' foi de 3 dias. Quando o nome é escolhido, uma fumaça branca sai da chaminé instalada na Capela Sistina; as votações que terminam sem um novo papa são anunciadas com uma fumaça preta. A lista de favoritos para ser o novo papa é dominada por europeus, com presença ainda de asiáticos e africanos. Analistas que acompanham a política do Vaticano avaliam que, devido à renovação feita por Francisco no colégio de cardeais, o novo pontífice tem tudo para manter o caráter missionário que o argentino tentou dar ao papado. O episódio desta quarta do Café da Manhã fala do conclave que vai escolher o próximo papa. O repórter da Folha Victor Lacombe explica os ritos e as tradições envolvidas nessa eleição, discute as expectativas em torno da escolha e conta quem são os cardeais vistos como favoritos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0730mins
#23

Trocas coercitivas e a conta-gotas na Esplanada

O presidente Lula (PT) anunciou nesta segunda-feira (5) a demissão da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. No lugar, foi nomeada Márcia Lopes, ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do segundo mandato de Lula. A troca é a sexta na Esplanada dos Ministérios em 2025; a 12ª desde o início do mandato. A saída de Cida da pasta já era dada como certa desde o começo do ano. Na sexta-feira (2), ela se reuniu com Lula (PT) e saiu sem falar com a imprensa. Na sequência, o presidente conversou com Carlos Lupi (PDT), que anunciou a saída da chefia do Ministério da Previdência horas depois. As mexidas na Esplanada vêm em um momento de pressão sobre o Planalto –com crises (como a suspeita de fraude no INSS), a trava de pautas importantes no Congresso e as preocupações com a popularidade de Lula. Para parlamentares, inclusive integrantes da base, a demora de uma reforma ministerial ampla demonstra fragilidade do governo. O episódio desta terça-feira (6) do Café da Manhã fala dos significados das mudanças na Esplanada para o governo Lula. O jornalista e analista político Thomas Traumann discute o peso das trocas recentes em ministérios, trata das prioridades do Planalto ao mexer nas pastas e analisa os impactos disso para a articulação política e para a imagem do governo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0627mins

Listen to your favourite podcasts.

Now ad-free.

Download herd and enjoy uninterrupted, high-quality podcasts without the wait.

Download on the
App Store
#24

A fraude no INSS e a queda de Lupi

O novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, publicou um vídeo em suas redes sociais neste sábado (3) afirmando estar "animado, com muita energia" para assumir "tarefa árdua". Ele também afirma que irá honrar a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Queiroz foi nomeado depois da queda de Carlos Lupi —ambos são do PDT—, em meio a um escândalo no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Lupi pediu demissão na sexta-feira (2), depois de uma semana de crescente pressão para que Lula o demitisse. Apesar da ausência de provas da participação dele no esquema até aqui, prevaleceu a ideia de que o político não tomou providências para deter o problema e não reagiu como deveria depois que o caso explodiu. A PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União) calculam que entre 2019 e 2024 foram descontados R$ 6,3 bilhões em benefícios previdenciários –os órgãos ainda apuram quanto deste montante foi descontado ilegalmente. De acordo com a investigação, apesar dos indícios de irregularidades e da existência de milhares de processos judiciais contra entidades, o INSS continuava autorizando os descontos. O episódio desta segunda-feira (5) do Café da Manhã trata da fraude no INSS que levou à queda do ministro da Previdência. O repórter da Folha em Brasília Mateus Vargas explica o que se sabe até aqui sobre o esquema que atingiu aposentados e pensionistas, conta os próximos passos da investigação e discute os efeitos políticos do escândalo. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0532mins
#25

Gagacabana e a anatomia dos fandoms

O show da cantora Lady Gaga neste sábado (3), na praia de Copacabana, mobiliza há dias uma legião de fãs. Conhecidos como Little Monsters, eles são famosos pela devoção à artista e pela defesa que fazem quando alguém a critica. Grupos de fãs, os fandoms, topam perrengues de todo tipo para acompanhar os ídolos. Segundo uma pesquisa feita pela agência Monks e pelo Instituto Float Vibes, no Brasil, 40% das pessoas não imaginam a vida sem acompanhar alguém ou algo que admiram muito. Pode ser um artista, um atleta, um time, uma série, uma franquia do cinema ou um game. Os fãs brasileiros, segundo a pesquisa, gastam, em média, R$ 199,41 por mês com produtos e experiências ligados a quem ou a que eles idolatram. O episódio desta sexta-feira (2) do Café da Manhã discute o comportamento dos fãs no Brasil com duas entrevistas. Fabiano Carvalho, diretor de Pesquisa Cultural e Insights da Monks, fala da relação dos fandoms com o consumo e de como o mercado tem explorado isso. O psicanalista André Alves, pesquisador de cultura e comportamento e co-fundador do Float Vibes, trata das motivações para alguém fazer parte de um fandom e analisa como isso se insere na cultura. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-05-0236mins
#26

1 ano da tragédia no RS e os relatos de quem estava lá

Um ano depois das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, a moradia é o principal desafio na reconstrução do estado. Segundo a CNM (Confederação Nacional de Municípios), as chuvas de maio de 2024 destruíram 9.300 habitações e danificaram outras 104 mil. Quase 400 famílias ainda vivem em abrigos, segundo o governo gaúcho. A tragédia deixou 184 mortos e atingiu mais de 95% dos municípios gaúchos. A Folha ouviu vítimas que dizem ainda lidar com o trauma. “Começou a transbordar os bueiros da frente da minha casa, já estava dando na perna do meu filho, na canela dele. A gente só conseguiu tirar a mala [de casa]”, lembra a operadora de caixa Apoliana Maria de Arruda, 44. O episódio desta quarta-feira (30) do Café da Manhã reúne os relatos e as histórias de cinco pessoas que viram e viveram as chuvas do Rio Grande do Sul. Elas contam o que aconteceu há um ano e como estão hoje. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-3035mins
#27

Aprovação em queda nos 100 dias de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chega à marca dos cem primeiros dias de mandato com o pior índice de aprovação para o período desde a década de 1950. Uma pesquisa do instituto Ipsos, do jornal "Washington Post" e da rede de TV ABC News apontou que 35% dos americanos aprovam o governo e 55% desaprovam. A economia é a principal preocupação dos entrevistados –73% dizem que ela está em situação ruim. A aprovação em temas econômicos vem caindo desde março, quando se intensificaram os anúncios de tarifas a produtos importados. Para 56%, as medidas econômicas de Trump são erráticas. A reprovação também aparece em outros temas. Para a maioria, Trump não está comprometido com a proteção das liberdades dos americanos, não respeita o Estado de Direito e está indo longe demais para expandir o poder presidencial –entre as medidas que marcaram o início de governo, estão os quase 100 decretos assinados e o desrespeito a decisões judiciais. Trump diz que está se divertindo muito no segundo mandato. Em entrevista à revista The Atlantic publicada nesta segunda (28), o americano afirmou que, da primeira vez, tinha que mandar no país e sobreviver, tendo com ele um “povo desonesto”. Agora, ele disse mandar “no país e no mundo”. O episódio desta terça-feira (29) discute como Donald Trump chega aos primeiros cem dias de governo. A correspondente da Folha nos Estados Unidos Julia Chaib conta o que tem piorado os índices de aprovação do republicano, fala da imagem que Trump tem tentado imprimir e trata do desempenho do gabinete dele nesse começo de mandato. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2930mins
#28

Collor preso: uma viagem de 1992 a 2025

A prisão de Fernando Collor de Mello, na última sexta-feira (25), fez com que o Brasil chegasse à marca de três ex-presidentes presos desde a redemocratização. O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), decretou a medida ao negar os últimos recursos apresentados pela defesa do ex-presidente. Collor foi condenado a oito anos e 10 meses de prisão pelo Supremo em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. No sábado, o ministro do STF Gilmar Mendes desistiu de levar o julgamento sobre a prisão de Collor para o plenário físico, após a corte formar maioria para manter a prisão do ex-presidente. Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli acompanharam a decisão de Moraes. A previsão é que sessão online recomece nesta segunda-feira (28) e termine no mesmo dia. Collor está no presídio Baldomero Cavalcanti Oliveira, em Maceió (AL), onde ocupa a sala do diretor, que foi adaptada para ele. A defesa defende a transferência do ex-presidente para a prisão domiciliar. Depois de ter sido afastado em processo de impeachment e renunciar ao cargo em 1992, Collor voltou à política na década seguinte e foi senador por Alagoas de 2007 a 2023. O episódio desta segunda-feira (28) do Café da Manhã trata do significado da prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A colunista da Folha Dora Kramer discute o que Collor representa hoje na política, trata dos símbolos de ele ser preso no âmbito da operação Lava Jato e analisa que peso tem para história recente do Brasil o ex-presidente estar atrás das grades. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2832mins
#29

Elis Regina e seu programa de rádio inédito

Elis Regina gravou em 1967 o piloto de um programa de rádio que nunca foi ouvido. A Folha teve acesso ao material inédito, que passou seis décadas engavetado: a cantora conta anedotas, diz as previsões para cada signo, dá dicas de etiqueta e moda e fala sobre o presente e o futuro da música brasileira.Batizado de “O Canto de Elis”, o programa mostra algumas versões da cantora aos 22 anos —mais espontânea, ela responde cartas enviadas por fãs e conta fofocas; mais sensível, mostra sua interpretação de canções de nomes como Pixinguinha e recita um poema de Vinicius de Moraes.A gravação tem ainda uma entrevista com as cantoras Claudette Soares, Nana Caymmi e Marília Medalha, que falam de temas tão diversos quanto os festivais de música da TV e as minissaias. Tudo isso acompanhada do quinteto de Luiz Loy, que improvisava ao vivo enquanto Elis comandava o programa. O Café da Manhã desta sexta-feira (25) apresenta essa gravação de um programa de rádio que nunca existiu. O jornalista Carlos Bozzo Junior, que teve acesso ao “Canto de Elis”, conta o que esse registro diz sobre a cantora e a história da música brasileira. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2538mins
#30

O ex-futuro ministro de Lula e o climão em Brasília

O Palácio do Planalto mostrou irritação com a recusa do líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas (MA), em comandar o Ministério das Comunicações. O parlamentar chegou a ser anunciado pelo governo Lula para compor o primeiro escalão petista, mas mudou de ideia.Pedro Lucas afirmou em nota que pode contribuir mais com o país e com o próprio governo na função de líder do União Brasil na Câmara. O deputado pediu desculpas ao presidente, mas o recuo causou um constrangimento ao Planalto, em um momento em que o governo tem enfrentado desafios como a baixa popularidade de Lula (PT). Aliados do presidente ouvidos pela Folha defendem rever o espaço do partido na Esplanada, mas veem entraves: o União Brasil tem a terceira maior bancada da Câmara e é o partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) –com quem o governo tem boa relação. Alcolumbre deve indicar a Lula um novo nome, sem filiação partidária e considerado técnico, para ocupar a pasta das Comunicações.O Café da Manhã desta quinta-feira (24) fala do não que o governo levou em um convite ministerial e das tensões em Brasília depois do embaraço. O podcast ouve o repórter da Folha Ranier Bragon. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2426mins
#31

O que os católicos esperam de um papa

O funeral do papa Francisco, morto na segunda-feira (21), aos 88 anos, será realizado no sábado (26), às 10h no horário local, na Basílica de São Pedro. A cerimônia, que deve receber milhões de fieis e cerca de 200 chefes de governo e de Estado, foi marcada depois do início dos eventos de despedida.Os ritos de luto duram nove dias e antecedem o conclave que escolherá o próximo papa. O colégio de cardeais se reunirá no Vaticano para definir o sucessor de Francisco. Depois de um papado visto como progressista, há dúvidas sobre o perfil de quem será o próximo líder da Igreja Católica –e se ele conseguirá manter e atrair fieis. O novo papa chegará ao Vaticano em um momento em que a Igreja tem tido dificuldades de fazer o rebanho crescer. Dados divulgados neste ano pelo Vaticano mostram que entre 2022 e 2023 o número de católicos mudou pouco, cresceu 1,15% –com desafios especialmente na Europa, onde em anos anteriores os fieis diminuíram. O Café da Manhã desta quarta-feira (23) discute a relação dos católicos de hoje com a figura do papa. O professor de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rodrigo Toniol trata do papel do pontífice na liderança da Igreja Católica e analisa de que forma a atuação dele pode atrair ou afastar fieis. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2321mins
#32

A morte do papa Francisco e o futuro da Igreja

O papa Francisco morreu na manhã desta segunda-feira (21), no Vaticano, aos 88 anos. De acordo com o Vaticano, ele sofreu um AVC, entrou em coma e teve um “colapso cardiorrespiratório” na residência de Santa Marta, onde vivia. Os ritos fúnebres devem se estender por nove dias, seguindo orientações expressas por ele no testamento.Jorge Mario Bergoglio ainda se recuperava de uma pneumonia, depois de ter ficado 38 dias internado entre fevereiro e março. No domingo (20), ele surpreendeu os fiéis ao fazer uma aparição na sacada da Basílica de São Pedro e ao circular de papamóvel após a bênção do domingo de Páscoa. Na mensagem, pediu o fim de guerras e crises humanitárias. O primeiro papa latino-americano liderou a Igreja Católica por 12 anos. Sem chegar ao status de revolucionário, mas abandonando o rigor doutrinário dos antecessores, defendeu uma instituição que desse atenção aos pobres, aos refugiados e à crise climática. Também abriu caminho para debates sobre os divorciados, a população LGBTQIA+ e as mulheres. E dedicou atenção ao crescimento do catolicismo fora do eixo europeu, com viagens e nomeações de cardeais. Por essas políticas, enfrentou a oposição de católicos conservadores.No episódio desta terça-feira (22), o Café da Manhã trata da morte do papa Francisco. O colunista da Folha Reinaldo José Lopes discute o legado do primeiro pontífice latino-americano e analisa o futuro da Igreja Católica. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2238mins
#33

O cerco de Trump a universidades (e a estudantes)

O cerco que Donald Trump promove contra o ensino superior nos Estados Unidos ganhou novos contornos na semana passada, com a Universidade Harvard batendo de frente com a gestão republicana. O reitor Alan Graber disse que a instituição não vai abrir mão da independência e que as exigências do governo estão fora das atribuições do poder federal.Harvard teve repasses congelados e viu o presidente ameaçar o fim da isenção fiscal, entre outras retaliações. O gesto de Graber de não acatar demandas trumpistas levou a reitora interina de Columbia —universidade que cedeu às exigências do governo, sendo criticada por isso— sinalizou uma mudança de tom.Trump diz que a ação visa combater o que ele vê como doutrinação e antissemitismo —que teriam os protestos pró-Palestina em algumas universidades como reflexo e seriam uma ameaça à política externa do país. A pressão extrapola o aspecto financeiro e inclui prisões de estudantes e ativistas, com ameaças de deportação.O Café da Manhã desta segunda-feira (21) analisa o cerco do governo Trump às universidades dos EUA. O jornalista Diogo Bercito, que faz doutorado em história na Universidade Georgetown, em Washington, explica por que o meio acadêmico está sob a mira do presidente americano, conta como a pressão é percebida no dia a dia e discute as consequências dos cortes de repasses e das prisões de estudantes. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-2134mins
#34

Dólar, peso e a ajuda do FMI a Milei

O primeiro depósito que o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez à Argentina na terça-feira (15), de US$ 12 bilhões, veio acompanhado de mudanças importantes na política cambial do país: o governo de Javier Milei eliminou as restrições para compra mensal de dólar pelos argentinos e a moeda americana passou a flutuar em banda.O ministro da Economia, Luis Caputo, disse na semana passada que as medidas travavam o funcionamento da economia e que o acerto com o FMI abre nova fase do programa do governo de ultradireita —sempre com o objetivo, nas palavras dele, de acabar com déficits e recapitalizar o Banco Central. Os primeiros dias de mudança foram tranquilos nas ruas.O FMI falou que a Argentina vem tendo progressos, mas destacou que o país ainda tem “vulnerabilidades e desafios estruturais”. Em quase um ano e meio, Milei teve avanços, com superávits fiscais e quedas na inflação; mas há temor de repique na alta de preços, dados de pobreza ainda preocupam —apesar de queda recente— e as últimas semanas viram protestos contra perdas nas aposentadorias e a crise política da criptomoeda Libra.O Café da Manhã desta quinta-feira (17) discute o estado da economia da Argentina e o significado das mudanças desta semana. O economista Fabio Giambiagi, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, faz um balanço da gestão Javier Milei. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1733mins
#35

Trump, China e a América Latina como quintal

O chanceler da China, Wang Yi, afirmou nesta segunda-feira (14) que os países da América Latina "não são quintal de ninguém" e que “os povos latino-americanos querem é construir seu próprio lar”. A mensagem, postada pela Embaixada da China no Brasil nas redes sociais, foi lida como uma resposta aos Estados Unidos.Na semana passada, em entrevista à Fox News, o secretário de Defesa americano, Pete Hegseth, referiu-se à América Latina como um quintal de Washington e afirmou que o presidente Donald Trump vai trazê-lo de volta à influência do governo americano. Ele afirmou que a região é estratégica e mencionou a influência chinesa em áreas como o Canal do Panamá.Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump tem feito ameaças de retomar o canal sob o argumento de que a passagem, na prática, é operada pela China, algo que o governo do país centro-americano nega. Um acordo anunciado entre os dois países na quinta-feira (10) permite que tropas dos EUA se instalem em áreas de acesso e adjacentes ao canal do Panamá.O Café da Manhã desta quarta-feira (16) discute o que a América Latina significa para Estados Unidos e China. A professora de relações internacionais da ESPM Natalia Fingermann explica a recente disputa retórica entre os dois países envolvendo a região, trata dos interesses de Washington e Pequim e analisa o que isso pode significar para os países latino-americanos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1634mins
#36

Comida mais cara e alimento fake na prateleira

Uma pesquisa do Datafolha mostrou que a inflação fez mais da metade dos brasileiros (58%) reduzir a quantidade de alimentos que costuma comprar. Entre os mais pobres, o percentual sobe para 67%. Quem não está comprando menos está fazendo substituições: 50% dos entrevistados, por exemplo, disseram ter trocado a marca do café que tomam.Com a mudança de hábitos cresce o consumo de alimentos industrializados e menos nutritivos e, mesmo entre os alimentos ultraprocessados, ganham espaço produtos com qualidade inferior aos tradicionais. Café fake, óleo composto e mistura láctea são alguns dos itens que têm ganhado adeptos pelos preços mais acessíveis.Para 54% dos brasileiros, o governo Lula tem muita responsabilidade pela alta de preço dos alimentos nos últimos meses. Outros 29% atribuem um pouco de culpa à administração atual. Apenas 14% afirmam que o Planalto não tem nenhuma responsabilidade.O Café da Manhã desta terça-feira (15), discute o impacto da alta no preço dos alimentos nos hábitos do brasileiro, em entrevista com a professora do Departamento de História da USP (Universidade de São Paulo) e pesquisadora do INCT Combate à Fome, Adriana Salay. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1534mins
#37

Desafios e contradições para a COP em Belém

A sete meses da COP30, Belém, cidade que receberá o evento, virou um canteiro de obras. A capital paraense quer melhorar a infraestrutura urbana, mostrar que pode receber uma conferência com representantes de 190 países e passar a imagem de uma cidade mais sustentável, melhorando indicadores como os de saneamento, alvo de críticas.Outros desafios incluem limitações como a oferta insuficiente de vagas em hotéis: navios de cruzeiro e até motéis serão adaptados para receber comitivas dos países. A montagem do evento também tem demandado atenção: o convênio firmado pelo governo com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), entidade contratada sem licitação para gerir a Conferência, entrou na mira do TCU (Tribunal de Contas da União).A Folha mostrou que o valor previsto para o convênio, de R$ 480 milhões, foi inflado por uma estimativa de custos que incluiu a compra de garrafas d’água de 500 ml cotadas a R$ 17,50 cada uma. A Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, diz que os valores são só estimativas usadas “para definir o montante do projeto de cooperação" com a entidade contratada.O Café da Manhã desta segunda-feira (14) discute a quantas anda a preparação da COP30, que o Brasil recebe em novembro, em Belém. O repórter da Folha Vinicius Sassine conta como está a preparação da cidade (onde ele mora, inclusive), explica os desafios que ainda precisam ser contornados e trata dos significados de o país receber a Conferência do Clima da ONU. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1433mins
#38

O que não está acontecendo em Brasília

O primeiro semestre tem sido lento em Brasília até agora. As mudanças nas presidências do Congresso e de comissões e a quantidade de projetos que o governo Lula tem urgência em votar na comparação com o ano passado alteraram o compasso do trabalho dos parlamentares e dão a impressão de um “emperramento” das Casas.Até o momento, senadores e deputados se debruçaram sobre pautas que não são tidas como prioridade pela maioria. Na Câmara, o tema da vez é a anistia aos réus e condenados que participaram dos ataques de 8 de janeiro, que não sai da boca da oposição.A votação recente que se impôs foi uma reação a um fator externo. Na semana passada, a Câmara e o Senado aprovaram o PL (Projeto de Lei) da Reciprocidade, uma resposta ao tarifaço de Donald Trump que atingiu produtos brasileiros.O Café da Manhã desta sexta-feira (11) fala sobre a letargia política em Brasília. As repórteres da Folha Marianna Holanda e Thaisa Oliveira explicam o que está causando essa aparente falta de ação no Congresso e discutem o que isso tem a ver com o governo Lula. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1135mins
#39

Os impactos das tarifas de Trump sobre… Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que aumentará as tarifas sobre a China para 125% e pausará por 90 dias as chamadas tarifas recíprocas, anunciadas na semana passada, sobre outros países. A tarifa básica global de 10%, que atinge também o Brasil, será mantida.O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o presidente quer participar pessoalmente de acordos com diversos países e por isso decidiu pausar as tarifas maiores. Ele negou que a suspensão tenha relação com a volatilidade do mercado financeiro.Para além de reações globais e oscilações nos mercados, a estratégia tarifária de Trump tem enfrentado reações internas, com críticas abertas de economistas, empresários que o apoiaram e até aliados do círculo mais próximo. Elon Musk tem discutido publicamente sobre o tema com um dos principais assessores econômicos de Trump, Peter Navarro, a quem chamou de idiota.O Café da Manhã desta quinta-feira (10) discute os impactos da política tarifária de Trump sobre o próprio governo americano. O professor de relações internacionais Carlos Gustavo Poggio fala das repercussões das tarifas nos Estados Unidos, trata das pressões sobre a Casa Branca e analisa o que isso significa para a relação entre Trump e os americanos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-1029mins
#40

EUA x China: até onde pode ir a guerra comercial

O presidente americano, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (8) uma nova tarifa de importação sobre produtos chineses, em cima do que já havia imposto. A partir de 0h01 desta quarta (9), importados da China devem ter uma taxa de até 104% para entrar nos Estados Unidos.A porta-voz da Casa Branca e Trump disseram acreditar que a China estaria disposta a fazer um acordo. Mas o tom de Pequim tem sido outro. Na semana passada, o regime anunciou uma retaliação, válida a partir de quinta (10), de 34% sobre itens americanos. Nesta terça, falou em "lutar até o fim" diante do que chamou de chantagens tarifárias.Também se intensificou a guerra retórica: o vice-presidente JD Vance chamou os chineses de camponeses e ouviu do país asiático que a fala foi ignorante e desrespeitosa. Enquanto isso, os rumos da disputa entre as duas maiores economias do mundo preocupam outros países e o mercado financeiro. Ontem, o dólar no Brasil fechou a R$ 5,996.O Café da Manhã desta quarta-feira discute até onde pode ir a guerra comercial entre EUA e China. O economista Livio Ribeiro, pesquisador do FGV Ibre e sócio da consultoria BRCG, trata das consequências imediatas e futuras da queda de braço tarifária e explica como outros mercados são impactados pela disputa. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0937mins
#41

Hugo Motta e a pressão bolsonarista por anistia

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), respondeu nesta segunda-feira (7) à pressão que bolsonaristas fazem sobre ele para pautar o projeto de lei que anistia condenados pelo 8 de Janeiro. Motta citou o risco de crise institucional com ataques entre Poderes e disse que a Casa não pode “ficar numa pauta só”.Em Brasília, líderes partidários disseram nos bastidores que continuam a não ver clima para fazer o texto avançar. O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro deve calibrar a atuação e tentar uma força-tarefa para recolher pelo menos 69 assinaturas a favor da urgência do projeto a partir desta terça (8), com foco em nomes da União Brasil, do Republicanos e do PSD.Ainda que o ato bolsonarista tenha reunido 55 mil pessoas em São Paulo no domingo (6), a maioria da população se diz contrária à anistia para golpistas. Levantamentos da Quaest e do Datafolha indicaram 56% de rejeição ao texto. O Café da Manhã desta terça-feira (8) discute como Hugo Motta tem respondido à pressão bolsonarista pelo projeto de anistia a golpistas. O repórter da Folha em Brasília Raphael Di Cunto fala da reação no Congresso ao ato do ex-presidente em São Paulo, analisa as estratégias em jogo nos bastidores e situa o atual momento da atuação do presidente da Câmara, ainda em começo de mandato. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0832mins
#42

A compra do Master e o temor no sistema bancário

O anúncio da oferta de compra do banco Master pelo BRB, feito no último dia 28, pegou o sistema bancário de surpresa —e gerou desconfianças. A transação, estimada em R$ 2 bilhões, faria parte de uma estratégia de expansão da instituição controlada pelo governo do DF, mas agentes veem risco de uma operação política, para socorrer o banco privado.O Master teve um crescimento considerado acelerado nos últimos anos, com uma estratégia vista como agressiva. Ofereceu CDBs a taxas maiores que a média do mercado e apostou em precatórios, dívidas do governo determinadas pela Justiça. O negócio vai ser agora analisado pelo Banco Central. O Ministério Público do DF abriu um inquérito civil para investigar o caso, e a Procuradoria de Contas também instaurou um procedimento, O imbróglio pode ainda envolver o BTG Pactual, citado como possível comprador de ativos do Master; o banco por ora nega ter feito qualquer proposta. O Café da Manhã desta segunda-feira (7) explica por que a oferta de compra do banco Master pelo BRB tem gerado tanto burburinho. A repórter e colunista da Folha Adriana Fernandes apresenta os personagens dessa história, conta o que se sabe até aqui sobre a transação e discute os desdobramentos dela no mercado e no mundo político. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0734mins
#43

O que se sabe (por enquanto) sobre as tarifas de Trump

Esta quinta-feira (3) foi marcada por reações ao que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou de “Dia da Libertação” —o tarifaço de pelo menos 10% imposto a produtos importados de praticamente todos os países, além de taxas adicionais a um grupo que inclui China, União Europeia e Japão.O mercado financeiro afundou, com as bolsas americanas tendo o pior dia desde o pico de 2020 da crise da Covid. A Organização Mundial do Comércio estimou que o comércio global pode ter uma contração de pelo menos 1%. A Casa Branca veio a público tentar explicar a fórmula que definiu as tarifas, após analistas apontarem inconsistências entre o que foi apresentado por Trump e o que é cobrado na prática.Na diplomacia, muitos países criticaram os Estados Unidos. O premiê da Austrália afirmou que “esse não é o ato de um amigo", o do Japão se disse desapontado, um porta-voz da China prometeu contramedidas e a presidente da Comissão Europeia falou em “consequências terríveis”. O presidente Lula (PT) disse que tomará “todas as medidas cabíveis” para defender as empresas e os trabalhadores brasileiros.O Café da Manhã desta sexta-feira (4) apresenta as primeiras reações, analisa os primeiros impactos e discute as principais dúvidas que ainda cercam o tarifaço anunciado por Donald Trump. O entrevistado é o consultor em comércio internacional Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do governo brasileiro. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0432mins
#44

Os erros do MEC e os prejuízos para a educação

O MEC (Ministério da Educação) anunciou nesta quarta-feira (2) que vai divulgar os dados do Censo Escolar no próximo dia 9, com mais de dois meses de atraso em relação ao cronograma original. O levantamento é fundamental para o acompanhamento de políticas, inclusive de programas que o governo Lula (PT) apresenta como vitrine, como o Pé-de-Meia.A falta de dados, que dificulta a ação de órgãos de controle e preocupa educadores, tem se repetido na pasta comandada por Camilo Santana. A Folha mostrou que o MEC decidiu engavetar a divulgação dos resultados de alfabetização da principal avaliação da educação básica, o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).O Inep, responsável pelas avaliações, afirmou que desde o ano passado trabalha para qualificar a análise dos dados ante a discrepância com os resultados de outro instrumento criado para medir a qualidade da alfabetização. O Pé-de-Meia também se viu envolto em suspeitas de irregularidades reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A sequência de casos pressiona o governo, que vive queda de popularidade.O Café da Manhã desta quinta-feira (3) discute os problemas no Ministério da Educação e as potenciais consequências educacionais e políticas deles. O repórter da Folha em Brasília Paulo Saldaña explica as falhas na publicação de dados, trata dos possíveis impactos disso em políticas públicas e analisa se o MEC vive uma crise. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0330mins
#45

O tarifaço de Trump e as cartas do Brasil

A Casa Branca programou para as 17h (de Brasília) desta quarta-feira (2) o anúncio que deve detalhar um tarifaço prometido pelo presidente Donald Trump. O republicano tem chamado a data de “dia da libertação”, mas ainda não há detalhes sobre o alcance da medida —usada pelo americano como ameaça diplomática em outras ocasiões.Nesta terça (1º), a porta-voz da Casa Branca disse apenas que as tarifas devem entrar em vigor imediatamente. Os cenários citados como possíveis pela imprensa americana são de um imposto universal, para todos os países, ou de alíquotas próprias para cada país. O clima no mercado financeiro nos últimos dias tem sido de apreensão.O governo Lula (PT) teme uma tarifa linear sobre todos os produtos vendidos aos EUA, hipótese que a Folha mostrou ser a mais citada nos bastidores da Casa Branca. Com dificuldade em encontrar canais de negociação, o Planalto estuda opções para retaliar e, nesta terça, costurou um acordo no Senado para avançar o chamado PL da Reciprocidade.O Café da Manhã desta quarta-feira (2) explica como o tarifaço de Donald Trump pode impactar o Brasil —e como o país pode responder a ele. O repórter da Folha em Brasília Ricardo Della Coletta conta o que se discute nos bastidores do governo e analisa as repercussões da guerra comercial americana na economia e na vida das pessoas. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0233mins
#46

A corrida de governadores da direita pelo Planalto

Daqui a exatamente um ano, seis meses antes das eleições de 2026, os governadores que quiserem se candidatar à Presidência já precisarão estar fora do cargo. Falta tempo, mas os movimentos por essa corrida já começaram –nos bastidores e em público.No último sábado (29), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), anunciou a pré-candidatura ao Planalto, antecipando o evento oficial de lançamento, na próxima sexta-feira (4). Nome da direita, Caiado tem se distanciado de Jair Bolsonaro (PL) e afirma que sua candidatura independe de definições do ex-presidente.O representante do bolsonarismo nas urnas está em aberto, e outros governadores têm feito articulações para se viabilizar. Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, marcou um encontro com Bolsonaro e tem se apresentado como um defensor da anistia aos golpistas que participaram dos ataques de 8 de janeiro. O tema também aproxima o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Bolsonaro.Em entrevista à Folha, Bolsonaro disse considerar Tarcísio um bom político, mas não excepcional, "assim como tem outros pelo Brasil". O ex-presidente afirmou ainda que manterá a candidatura até o último momento, mesmo estando inelegível por decisão da Justiça Eleitoral.O Café da Manhã desta terça-feira (1º) fala da corrida de governadores da direita e da extrema direita pelo Palácio do Planalto. O jornalista da Folha Bruno Boghossian trata das articulações nos bastidores por um sucessor do bolsonarismo, discute que cara tem essa disputa hoje e analisa quanto esse cenário depende de um aval do ex-presidente. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-04-0137mins
#47

Por que Lula não colhe frutos do desemprego baixo

Os dados do emprego no Brasil podem esconder pistas para os motivos de a popularidade do governo Lula (PT) não refletir indicadores econômicos considerados positivos. O desemprego hoje está em patamar próximo ao mais baixo da série histórica, com recorde de criação de vagas, enquanto a avaliação do presidente é a pior dos três mandatos.Um estudo do economista Nelson Marconi, da FGV/Eaesp, aponta que, por trás do dinamismo do mercado de trabalho —formal e informal—, há precarização e polarização das vagas. Os postos hoje pagam menos que a média da economia e são gerados nas extremidades com piores e melhores remunerações.Ou seja, na comparação com 2012, quando o desemprego também era relativamente baixo, houve piora na qualidade das vagas e nos salários em 2024. Junto com fatores como a inflação dos alimentos, o quadro pode ajudar a explicar o mal-estar dos brasileiros com a economia e o descasamento entre indicadores e o apoio ao governo.O Café da Manhã desta segunda-feira (31) ouve o repórter da Folha Fernando Canzian, que escreveu sobre o estudo. Ele discute como a qualidade (mais do que a quantidade) do emprego pode estar impactando a popularidade do governo, analisa o que mudou no mercado de trabalho e trata dos efeitos desse fenômeno na desigualdade. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-03-3130mins
#48

Precisamos falar sobre ‘Adolescência’

“Adolescência” se consolidou como um fenômeno. No contexto audiovisual, de acordo com dados da Netflix, ela é a minissérie mais assistida na plataforma nas duas primeiras semanas de exibição, com 66,3 milhões de visualizações. No contexto social, tem pautado conversas nas redes, nas escolas, em grupos de pais e mães —e de jovens.A série de ficção que pautou a realidade também foi pautada por ela: a história do garoto de 13 anos acusado de matar a facadas uma colega de escola, foi inspirada em ataques no Reino Unido. Em “Adolescência” —resumidamente para evitar spoilers—, a suspeita é que o crime tenha relação com hostilidades nas redes sociais e com grupos misóginos online.A violência que é tema central da produção britânica desencadeia outros debates, como o uso das redes sociais, a convivência escolar, o bullying, a misoginia e a comunicação entre pais e filhos.O Café da Manhã desta sexta-feira (28) discute essas questões com Vanessa Cavalieri, juíza da Vara da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Ela é autora de um protocolo de prevenção da violência em escolas e faz palestras sobre o tema com pais e adolescentes. No episódio, conta como “Adolescência” se cruza com o que ela vê diariamente no trabalho, trata da importância de supervisionar os filhos na internet e discute a responsabilidade de pais, mães, educadores, escolas, plataformas digitais —e dos jovens. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-03-2838mins
#49

Bolsonaro réu por golpismo; o que vem agora

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou nesta quarta-feira (26), por unanimidade, a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e tornou réus Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de integrarem o núcleo central da trama golpista de 2022.O relator, Alexandre de Moraes, disse que a denúncia deixa claro que Bolsonaro coordenou integrantes do governo federal para criar ilicitamente uma narrativa de desinformação e que o ex-presidente sabia dos planos de golpe. O voto do ministro, pelo recebimento da denúncia, foi seguido pelos colegas de Turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.Com a decisão, Bolsonaro e os aliados, incluindo militares de alta patente, responderão por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado. As penas máximas podem passar de 40 anos de prisão.Antes da decisão, Bolsonaro disse a apoiadores que a Justiça quer tirá-lo da disputa eleitoral em 2026 e chamou a ação de "teatro processual". Depois, em um pronunciamento de quase 50 minutos, retomou uma ofensiva habitual e atacou Alexandre de Moraes e o sistema eleitoral —além de negar participação na tentativa de golpe. O Café da Manhã desta quinta-feira (27) explica o que acontece agora, depois de Bolsonaro virar réu. O advogado Pierpaolo Bottini, professor de Direito Penal da USP, discute os principais pontos da acusação e da defesa e trata dos próximos passos. Learn more about your ad choices. Visit podcastchoices.com/adchoices

2025-03-2730mins

Listen to your favourite podcasts.

Now ad-free.

Download herd and enjoy uninterrupted, high-quality podcasts without the wait.

Download on the
App Store